Os 32 fouettés en tournant são uma das sequências mais icônicas e desafiadoras do repertório do ballet clássico. Este movimento, que exige força, equilíbrio e precisão, é uma verdadeira prova de maestria técnica e frequentemente o destaque de variações femininas em ballets como O Lago dos Cisnes e Dom Quixote.
Então, O Que São Fouettés?
O termo “fouetté” vem do francês e significa “chicote”. No ballet, ele se refere a um movimento em que a bailarina usa a força da perna de trabalho para “chicotear” o corpo, criando impulso para girar repetidamente sobre a perna de base.
Em sua forma mais espetacular, os fouettés são realizados em série, com a bailarina girando 32 vezes consecutivas no mesmo lugar, sem perder o ritmo, a altura da perna ou o equilíbrio.
A Técnica por Trás dos 32 Fouettés
- Preparação:
- A série de fouettés geralmente começa com um giro inicial, como um pirouette ou um rond de jambe en l’air. Isso dá impulso para os giros subsequentes.
- Execução do Movimento:
- Perna de Base: Permanece firme e estável, sustentando o peso do corpo enquanto a bailarina gira na meia-ponta (ou ponta).
- Perna de Trabalho: Realiza o movimento de fouetté, saindo de uma posição retiré (joelho dobrado com o pé na altura do joelho oposto) para estender-se lateralmente e criar o impulso.
- Braços: Ajudam no equilíbrio, geralmente abrindo e fechando em harmonia com os giros.
- Controle do Corpo:
- O core (abdômen e músculos das costas) é essencial para manter a estabilidade durante a rotação.
- O foco do olhar ajuda a evitar tontura e mantém a direção consistente.
Desafios Comuns nos Fouettés
- Perda de Equilíbrio: A falta de controle da perna de base ou do core pode fazer com que a bailarina se desloque pelo palco.
- Queda na Altura da Perna: A perna de trabalho deve permanecer alta e alinhada, mesmo após várias repetições.
- Cansaço: Por fim, realizar 32 giros consecutivos exige resistência muscular e foco mental.
Curiosidades sobre os 32 Fouettés
- Origem: Os 32 fouettés tornaram-se famosos com a bailarina italiana Pierina Legnani, que os realizou pela primeira vez em 1893 no ballet Cinderella. Mais tarde, ela incorporou o movimento em sua performance como Odile no Lago dos Cisnes.
- Versatilidade: Embora o movimento seja mais comum no ballet clássico, ele também inspira performances contemporâneas que desafiam ainda mais os limites técnicos.
- Exibição de Bravura: Realizar os fouettés com precisão é frequentemente considerado um símbolo de excelência técnica para bailarinas.
Dicas para Aprender e Aperfeiçoar Fouettés
- Fortaleça o Core: A estabilidade do tronco é fundamental para manter o equilíbrio durante os giros.
- Pratique Spotting: Focar em um ponto fixo enquanto gira ajuda a evitar tontura e mantém a direção dos giros.
- Trabalhe Gradualmente: Comece com séries menores (8 ou 16) antes de avançar para os 32.
- Aperfeiçoe a Perna de Trabalho: A perna de trabalho deve criar um impulso limpo e preciso, sem comprometer o alinhamento.
- Treine Regularmente: A repetição consistente é essencial para ganhar força e confiança no movimento.
Lembre-se: Os 32 fouettés en tournant são muito mais do que um espetáculo visual. Eles representam o ápice da técnica e da disciplina no ballet clássico, desafiando os bailarinos a superarem seus próprios limites. Cada giro é um testemunho de dedicação, prática e paixão pela dança.
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